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A mostrar mensagens de abril, 2020

Os pássaros destemidos

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Pu-lo junto à porta, por baixo do candeeiro onde os pássaros gostam de fazer ninho, com esperança que os espantasse. Mas afinal só espanta-espíritos. Este pássaro suponho que seja o pai dos meninos que estão a crescer nos seus ovinhos, sob o calor da mãe pássara. E pronto, chão acócózado, chinelos também, o próprio espanta-espíritos. Vou pedir a Deus paciência até que os pássaros saiam dos ovos e batam asas. Afinal estamos em tempo de reunião com a natureza e os nossos irmãos animais, sem excepção, e convém não andar para aí a apregoar coisas bonitas e a fazer porcaria. (Como os pássaros, que cantam, cantam, mas depois cagam, cagam... Olha querem ver que não há beleza sem mau cheiro.)

De volta a casa

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A caminho do "grande lago" A minha casa é em casa e o quintal é o grande lago e os campos em volta. Posso ficar em casa andando pelos campos porque raramente aparece alguém e se aparecer são tantos os metros quadrados que o difícil mesmo é cruzarmo-nos perto. A minha casa fica numa vila com menos de 2000 moradores. Mesmo a capital de distrito, a 11 km, tem menos de 30 mil. Aqui os contágios são difíceis porque o campo é em muito mais abundância que as pessoas. Já nas grandes cidades as pessoas não têm campos, vivem numa espécie de celas em cima umas das outras. Não sabem o que é respirar ar puro, ter silêncio, tranquilidade. Pelo "meu quintal" selvagem Nas cidades as pessoas perdem-se de si e depois, claro, adoecem. E como estão perdidas de si não sabem como recuperar das doenças. Tomam muitos comprimidos, fazem operações e deixam de fazer aquilo que lhes faz bem com medo que lhes faça mal, ficam mais tristes e, claro, mais doentes. Para ser