Eu não existo

Já me vi só triste. Já me vi só feliz. Hoje vejo-me tudo. Tudo oscilante. Sinto-me um corpo onde as várias facetas da vida se vão manifestando.

Não, não sou eu que grito, não sou eu que choro, que canto, que encanto, desencanto. São sopros de vida que vão animado este corpo ao passarem por ele.

Eu não existo.

Mesmo as emoções que se manifestam não lhe pertencem, nem a mim, que não existo.

Talvez a dor seja dele, a dor física, só isso. Tudo o resto são brincadeiras de São Valentim, de São Judas, do Diabo, de Deus e sei lá de mais o quê.

Chateia-me nem sequer a chave da porta ter.

Nem sei o que se chateia. Mas sei que chateia.

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