Ode a Mim

Posso prescindir de sapatos, de restaurantes, de pinturas para o rosto, da Liberdade não.

Posso prescindir de televisão, máquina de lavar loiça, daquele vestido tão giro, da Dignidade não.

Prescindo de hotéis, guias turísticos, tudo o que for de luxo, da Escolha do Meu Caminho não.

Prescindo de conversas de treta, de amigos da onça, de Abraçar a Vida em toda a sua plenitude não.

Prescindo da sabedoria dominante, das suas escolas, dos seus doutores, da sua política, da Minha Vida não.



Hoje escolho honrar-me e honrar todos aqueles que lutaram pela dignidade dos seres e pela liberdade, fossem quais fossem as circunstâncias.

Não sei que virá a seguir, sei que o meu caminho sempre foi este e vai continuar a ser.

Nem sabia o que era isso e já sofria pelos animais maltratados. Ainda era criança e já era do lado dos ciganos que ficava, dos meninos mal-comportados, de todos aqueles que eram marginalizados. Apenas tinha ouvido falar em homossexualidade e já me posicionava na bissexualidade, após pesquisa e raciocínio lógico. Olha agora defender a ditadura!

Aos nove anos, através de uma doença contagiosa, que na família só contagiou a mim, senti o cheiro da morte. Tive várias problemas de saúde físicos e emocionais ao longo do tempo. Há uma dúzia de anos diagnosticaram-me uma doença crónica, e depois, graças à recuperação que fiz pelos meus próprios meios, retiraram o diagnóstico. Olha agora ter medo de um vírus!

Hoje e sempre posiciono-me pela Vida, pela Verdade, pela Dignidade, pelo Respeito, pelo Livre Arbítrio de cada um. Hoje já não prescindo de ser eu.

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