É pela abundância que caminho

O anunciado aumento da crise trouxe-me mais tempo para o meu escritório à beira-mar. Tenho muita pena dos corpos que não toco, por mim que adoro tocar, e por eles que se privam de amor e cuidado tão essenciais, mas com a imensa paz de quem sabe que também isto vai passar, tento aproveitar o maravilhoso que continua à minha disposição, como este mar noturno, esta lua recém-nascida, a simpatia bondosa do meu amigo do restaurante, escrever. E desejo poder ter sempre essa visão e essa paz de não ir atrás de tempestades anunciadas, pois o anúncio de tempestade já é uma tempestade para quem acredita nele. Não, eu não colaboro com maus presságios, maus corações, más intenções, egoísmos, fobias e todos os afins que conseguirem imaginar. Contem comigo para a abundância, para a festa, para o amor, a paz, a saúde, a beleza o silêncio meditativo e respeitador. Contem comigo para criar. Para destruir, desculpem se quiserem, mas estou fechada. E de sorriso nos lábios e feliz como quase sempre desde que decidi ser outsider nesta sociedade, continuo a olhar o mar e a recém-lua e a dar mais um pouco de conforto ao meu amigo.

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