Ode à verdade

Sou uma apaixonada
Amo com uma capacidade que parece ilimitada
Amo os rios, as pedras, os pássaros
A lua, o sol, as árvores, a terra
Amo os sorrisos das pessoas
Choro com o coração as suas lágrimas
Com o peito apaixono-me por cada parte do corpo
Com a pele amo até às entranhas a pele que se me oferece...


Deixo-me possuir pela terra, pela água, pelo sol e pelo vento
Extasiada deixo o meu corpo sentir toda a verdade
Deixo-o ser menina e mulher. Mulher-mãe, mulher-amante, mulher-amiga

A capacidade de dar e receber amor dos meus lábios é infinita
Amo a pele dos homens e das mulheres: amigos, irmãos, amantes, desconhecidos
O pelo dos animais
Amo e sou amada pela água, pela comida, pela brisa
Extasio-me, apaixono-me, dou-me e recebo sem fim
Cada vez com menos rodeios
Cada vez mais verdadeira, mais assumida, mais mulher, mais essência

Sou uma apaixonada e amo imensamente essa verdade de mim

Que todas as mulheres e homens se possam resgatar
Que possam tirar as máscaras, as couraças
Que possam despir a interdição de sentir
Que possam despojar-se do trabalho, dos cigarros, do álcool, dos telemóveis, jornais, filmes, política, futebol e sentir a vida que têm nas entranhas
Sentir cada milímetro de corpo, o bater do coração, a respiração sentada no seu trono sagrado, esse templo mágico e divino que é o corpo
Corpo vivo, que respira e, se lhe prestarmos atenção, corpo que sente, rejubila, extasia-se, ama, engrandece, enobrece-se e enobrece, retoma o seu poder, a sua maravilhosa essência divina
Sou uma apaixonada e grata ao universo por me permitir ser capaz de ser o que sou
Que todos possam ser.

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