Impudoramente bela… só para mim

Hoje é dia de lua cheia em Aquário, Sol em Leão (que é como quem diz, sol em mim, lua cheia a iluminar o meu inconsciente).

Fui até à barragem, tomei banho, dei banho ao carro, e quando ia tirar fotos ao sol a pôr-se não pude, que o telemóvel tinha ficado em casa.

Um pôr-do-sol só para mim, pensei; uma Lua Cheia só para mim. Concentração na pessoa mais importante da minha vida em vez de concentração no resto do mundo, como tanto gosto.

E foi assim que assisti ao mais incrível espectáculo da lua que já vi: lua da mesma cor do sol. Enorme, imensa, um laranja de fogo. Escancarada no céu em todo o seu esplendor, desnuda, descarada, impudoramente bela… só para mim.

Aceitei o seu pedido e namorei-a longamente. Sol eu, lua eu. Amantes. Em deleite.

Voltei para casa. Um medo do escuro que ando a descobrir e a fome mandaram-me para casa, e ela, seguramente triste pela minha partida, demorou a reaparecer. Continua bela, intimidante, mas bem mais pequena.

Ao contrário das pessoas, a lua nasce enorme e depois vai-se desvanecendo. (Ou será que nós pessoas também nascemos enormes e depois definhamos?)



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